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Na América pós-11 de setembro, Paul, um ex-veterano do Vietnã, mergulhou numa verdadeira paranóia patriótica e xenófoba. Os atentados contra Nova York e o Pentágono ressuscitam seus piores fantasmas. Obcecado pela suposta necessidade de identificar inimigos em potencial da nação, vigia as ruas à procura daqueles que poderiam ser terroristas – e que, na sua opinião, só podem ser árabes. O contraponto a esta neurose é sua sobrinha, Lana, uma jovem idealista que passou os últimos 10 anos a serviço de missões humanitárias na África e na Europa. Há muito afastada do tio, ela o procura para reatar o único vínculo a uni-la à família de sua mãe. A princípio arredio a este contato, como a qualquer convívio humano, Paul experimenta através da moça novas possibilidades de enxergar a vida. Quando testemunham juntos o ferimento aparentemente casual de um sem-teto do Oriente Médio, tio e sobrinha decidem investigar o caso juntos. Partem de Los Angeles rumo ao Marco Zero, o local onde outrora se erguiam as Torres Gêmeas em Nova York. É uma viagem que possibilita a redescoberta deste país, que já foi a terra do sonho e da liberdade e embarcou, desde o 11 de setembro, num mar de propaganda que o isolou da cultura do resto do mundo.