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Emigrado há um ano para a França e todo esse tempo sem receber notícias de sua mulher, Blandine, o congolês Papi recebe a notícia de que ela conseguiu vir de Kinshasa para juntar-se a ele. No aeroporto de Paris, ela já tem a medida de como será o tratamento na nova terra. Não consegue falar com o marido, depois é jogada violentamente dentro de uma van, para onde estão sendo arrastados os candidatos à deportação, que serão embarcados à força no próximo avião. Blandine acaba ferida nas pernas. Por conta disso, atrai a atenção de um funcionário do Ministério das Relações Exteriores, que lhe garante assistência médica e o encaminhamento de seu pedido de asilo. Esta interferência, porém, não garante o fim de seu martírio. Quando Blandine consegue finalmente reunir-se a Papi, descobre que tudo o que ele tem por moradia é um canto num acampamento insalubre e dotado de pouquíssimos recursos. A comida é pouca, a água deve ser buscada numa fonte perto de um cemitério. O dinheiro é quase nenhum. Ainda que não haja barreira lingüística, porque vêm de um país que também fala o francês, estes imigrantes não conseguem contornar os obstáculos levantados pela cor de sua pele e a monstruosa inoperância da burocracia.