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Maio de 1948. Alguns dias antes da saída dos ingleses e da criação do Estado de Israel, um velho cargueiro chamado Kedma transporta dezenas de sobreviventes do Holocausto, vindos dos quatro cantos da Europa. Enquanto as forças judias e árabes se enfrentam a tiros de canhão, os refugiados são despejados em uma praia qualquer por ali. Agora eles estão encurralados, sob o fogo cruzado do Exército britânico, que pretende mandá-los de volta, e da polícia secreta judia, que veio para acolhê-los na Terra Santa e enviá-los aos kibutz, dando início à ocupação do novo Estado. Este filme é a história das primeiras horas que estes homens e mulheres passaram no país recém-instaurado, marco de um conflito cuja solução parece cada vez mais distante. A questão principal que Kedma coloca é a mesma que o mundo atual, mais de 50 anos depois, coloca para o filme de Amos Gitai: podem árabes e judeus conviver no mesmo território?