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O tempo passou. Andreas sente a necessidade de conhecer a ilha grega onde nasceu sua mãe e que ele ainda nem conhece. Mas ele sabe que não encontrará sua mãe, já morta, ou sequer a casa onde ela viveu. Mas isso pouco importa. Seu objetivo, na verdade, é encontrar o coração de sua própria existência. Cidade Efêmera trata de uma viagem interior, do desejo de Andreas de reconstruir o lugar mítico de suas origens. Mas a ilha que ele encontra está tomada por "estrangeiros", turistas e refugiados, algo que o força a "construir" sua própria ilha, mesmo que efêmera, onde possa reacender suas memórias. "Meu filme é um olhar sobre aqueles que vivem em terra estrangeira, aquela do herói que viaja no limbo à procura de algo ainda intocado e também aquela dos refugiados, que foram forçados a deixar sua terra natal em busca de um destino melhor", diz o diretor. Afeito às cinematografias de Kiarostami, Paradjanov e Tarkovsky, o diretor grego Giorgos Zafiris não esconde sua predileção por temas como exílio e errância, algo que se reflete nesse filme dominado por planos-sequência.