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O tema central deste documentário é a investigação de um assassinato cometido por dois neonazistas na cidade alemã de Wuppertal, perto de Colônia, em novembro de 1992. Uma cidade que ao mesmo tempo que se tornou um refúgio para muçulmanos fugitivos da guerra na antiga Iugoslávia transformou-se num dos quartéis-generais dos neonazistas daquele país. O crime ocorreu numa noite depois que a vítima, de origem judaica, bebeu num bar junto com alguns militantes de extrema-direita. O incidente é colocado pelo cineasta dentro do contexto de uma comunidade que está recebendo um grande número de refugiados e, ao mesmo tempo, experimentando um crescimento das tensões raciais. Gitai chega à cidade apenas uma semana depois da morte, tendo a oportunidade de recolher depoimentos no calor da hora, ainda incertos de todos os detalhes. Ao mesmo tempo, quebra com o tradicional modelo dos documentários, interrompendo a entrevista de um popular para colher as impressões de um outro passante, uma tática que ele repete diversas vezes, permitindo uma discussão mais livre. Ao mesmo tempo, Gitai recusa-se a identificar os entrevistados por meio de legendas, negando ao público a possibilidade de categorizações.