Arte por Ai Weiwei
De 19 de outubro a 1º de novembro, aconteceu a tradicional Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Durante duas semanas, foram exibidos 394 títulos em 45 locais, entre cinemas, espaços culturais e museus espalhados pela capital paulista, incluindo projeções gratuitas e ao ar livre.
A seleção fez um apanhado do que o cinema contemporâneo mundial tem produzido, além de apresentar tendências, temáticas, narrativas e estéticas. A 41ª Mostra foi composta por seis seções: Homenagens, Apresentações Especiais, Foco Suíça, Competição Novos Diretores, Mostra Brasil e Perspectiva Internacional.
Nasceu na Argentina em 1976. Estudou design de imagem e som na Universidade de Buenos Aires e dramaturgia na Escola Metropolitana de Arte Dramática, também em Buenos Aires. Em 2002, dirigiu, escreveu e produziu seu primeiro longa-metragem, Tan de Repente, ganhador do Leopardo de Prata no Festival de Locarno. Mais tarde, assinou a direção dos longas Mientras Tanto (2006), O Olhar Invisível (2010, 34ª Mostra) e Refugiado (2014). Seu trabalho mais recente, Uma Espécie de Família (2017), vencedor do Prêmio do Júri de melhor roteiro no Festival de San Sebastián, será apresentado na 41ª Mostra. Lerman ainda é sócio-fundador da produtora Campo Cine e também atua como diretor de teatro e televisão.
Diretor do Espaço Itaú de Cinema, começou a carreira nos anos 1980 como responsável pela programação do cineclube Bixiga, em São Paulo, e depois do Macunaíma e do Estação Botafogo, ambos no Rio de Janeiro. Respeitado executivo de distribuição e exibição, criou o conceito das salas arteplex, que mesclam a programação de filmes autorais com blockbusters.
Nasceu em Porto Alegre em 1959. Diretora e roteirista, possui um trabalho extenso no cinema e na televisão. Dirigiu, entre outros, os curtas Três Minutos (1999) e Dona Cristina Perdeu a Memória (2002, 26ª Mostra), o longa Antes que o Mundo Acabe (2010, 33ª Mostra) e os documentários Ventre Livre (1994, 18ª Mostra) e Quem É Primavera das Neves (2017), codirigido por Jorge Furtado.
Nasceu em São Paulo em 1976. Formou-se em artes plásticas e trabalha como jornalista e roteirista. Sua estreia no cinema foi com o filme 2 Filhos de Francisco: a História de Zezé di Camargo & Luciano (2005), de Breno Silveira. Escreveu ainda o documentário Quebrando o Tabu (2011), dirigido por Fernando Grostein Andrade e Cosmo Feilding-Mellen, e Não Pare na Pista: a Melhor História de Paulo Coelho (2014), de Daniel Augusto.
Nasceu em São Paulo em 1961. Formado em rádio e TV e jornalismo, é roteirista, professor e consultor. Entre seus trabalhos como roteirista estão Latitude Zero (2001) e Cabra-Cega (2004), dirigidos por Toni Venturi, Nossa Vida Não Cabe num Opala (2008), de Reinaldo Pinheiro, e Tropicália (2012), de Marcelo Machado. Codirigiu 23 Anos em 7 Segundos (2009), em parceria com Júlio Xavier, e A Última Estação (2012), ao lado de Marcio Curi.
Formado em cinema pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Trabalhou como montador em filmes como Chega de Saudade (2008), de Laís Bodanzky, e É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert. Dirigiu os curtas Ave (1992, 16ª Mostra) e Juvenília (1994, 18ª Mostra), o documentário O Prisioneiro da Grade de Ferro (2003), exibido no Festival de Veneza, e o longa Riocorrente (2013, 38ª Mostra).
Nasceu em Israel em 1954. Trabalha como diretor, roteirista e produtor. Formou-se pela Escola Nacional de Cinema Beaconsfield, na Inglaterra, em 1982. No ano de 1984, dirigiu seu primeiro longa-metragem, On a Clear Day You Can See Damascus. Também fazem parte de sua filmografia Final de Copa (1991), Zohar Blues do Mediterrâneo (1993), Cruzamento Vulcan (1999) e Os Árabes Também Dançam (2014), todos exibidos na Mostra. Venceu o Prêmio do Público no Festival de Locarno com os longas A Noiva Síria (2004, 28ª Mostra) e A Missão do Gerente de Recursos Humanos (2010). Lemon Tree (2008) também foi premiado pelo público nos festivais de Berlim e San Sebastián. Seu filme Abrigo (2017) será exibido na 41ª Mostra.
Nasceu na Alemanha em 1968, mas passou toda a infância e boa parte da adolescência no exterior. Viveu em várias cidades, como São Paulo, onde morou entre 1974 e 1978. Em 1985, mudou-se para Berlim. Lá, graduou-se pela Academia Alemã de Cinema e Televisão de Berlim (DFFB). Estreou na direção com o longa Paul Está Morto (2000, 24ª Mostra). Como roteirista, colaborou em filmes como Adeus, Lênin! (2003), de Wolfgang Becker, e Amor em Pensamentos (2004, 28ª Mostra), de Achim von Borries. Dirigiu ainda Aprendendo a Mentir (2003, 27ª Mostra) e Uma Janela para o Verão (2011, 36ª Mostra). Seu mais recente trabalho, Babylon Berlin, será exibido na 41ª Mostra.
Nasceu em Portugal em 1968. Estudou economia na Universidade Técnica de Lisboa e começou a carreira com programação de teatro, música, vídeo e cinema. Em 1996, fundou, ao lado de outros nomes, a cooperativa de produção cultural Curtas Metragens, que realiza o festival Curtas Vila do Conde. Em 2005, ingressou na produtora O Som e a Fúria, onde já produziu 22 longas-metragens e 32 curtas de diretores como Lucrecia Martel, F.J. Ossang e Petra Costa. Entre as suas produções estão O Velho do Restelo (2014), de Manoel de Oliveira, As Mil e Uma Noites (2015) e Tabu (2012), de Miguel Gomes, Cartas da Guerra (2016), de Ivo M. Ferreira, John From (2015), de João Nicolau, e A Religiosa Portuguesa (2009), de Eugène Green —todos exibidos na Mostra.
Nasceu em São Paulo em 1969. Diretora, atriz e apresentadora, trabalhou por 18 anos na MTV Brasil e por quatro na TV Cultura. Formou-se em cinema pela USP e em 1996 dirigiu, em parceria com Jorge Espírito Santo, o curta-metragem Almoço Executivo, vencedor do prêmio de melhor direção no Festival de Gramado. Estreou na direção de longas com o documentário Person (2007), sobre seu pai, o cineasta Luiz Sérgio Person (1936-1976). Seu primeiro longa de ficção, Califórnia (2015), ganhou o Prêmio da Juventude de Melhor Filme Brasileiro na 39ª Mostra. Como atriz, participou de filmes como Bens Confiscados (2004, 24ª Mostra), de Carlos Reichenbach, e Canção da Volta (2016, 40ª Mostra), dirigido por Gustavo Rosa de Moura.
Nasceu em Lambari, Minas Gerais. É jornalista, crítico de cinema e editor da Três Estrelas, editora do Grupo Folha. É formado em jornalismo pela PUC-MG e mestre em comunicação e semiótica pela PUC-SP, com tese sobre o diretor italiano Roberto Rossellini. Na Folha de S.Paulo, foi editor da Ilustrada, repórter especial e correspondente em Paris.
Nasceu em Jundiaí em 1964. Graduou-se em cinema pela FAAP e, em 1997, fez seu primeiro longa, Os Matadores. Dirigiu também Ação Entre Amigos (1998), Crime Delicado (2005), O Amor Segundo B. Schianberg (2009) e Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios (2012), todos exibidos na Mostra. Pitanga (2016), codirigido por Camila Pitanga, ganhou o Prêmio da Crítica de Melhor Filme Brasileiro na 40ª Mostra.
Nasceu em São Paulo e formou-se pela USP. Já editou mais de 60 títulos, entre curtas e longas-metragens, de diversos diretores, como Alma Corsária (1993, 36ª Mostra), de Carlos Reichenbach, A Hora Mágica (1999), de Guilherme de Almeida Prado, Serras da Desordem (2006) e Já Visto, Jamais Visto (2014), ambos de Andrea Tonacci, com quem coordenou a produtora Extrema Produção Artística.
Nasceu em São Paulo em 1961. Iniciou a carreira com os curtas Arabesco (1990, 14ª Mostra) e Caligrama (1995). Em 1997, realizou seu primeiro longa, Kenoma (22ª Mostra). Dirigiu ainda Narradores de Javé (2003, 27ª Mostra), O Sol do Meio-Dia (2009), vencedor do Prêmio da Crítica de Melhor Longa Brasileiro da 33ª Mostra, e Era o Hotel Cambridge (2016), que ganhou o Prêmio do Público de Melhor Ficção Brasileira na 40ª Mostra.
Nasceu em Recife em 1963. Seu primeiro longa, Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), recebeu o Prêmio do Júri de Melhor Filme da 29ª Mostra e foi selecionado para o Festival de Cannes. Também dirigiu Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo (2009, 33ª Mostra), este em parceria com Karim Aïnouz, Era Uma Vez Eu, Verônica (2012, 36ª Mostra), O Homem das Multidões (2013, 37ª Mostra), codirigido por Cao Guimarães, e Joaquim (2017).
Jornalista, atuou como editora, redatora e repórter nos jornais brasileiros Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Jornal da Tarde, Diário do Grande ABC e Gazeta Mercantil e nas revistas IstoÉ, Animal e Carta Capital. Doutora em história social pela Universidade de São Paulo, é autora dos livros O Sonho Intacto e O Cineasta Historiador - O Humor Frio e o Filme Sábado, de Ugo Giorgetti.
Jornalista, é mestre em artes e cinema e doutor em meios e processos audiovisuais pela Universidade de São Paulo. É apresentador do canal de TV Arte 1, crítico do jornal O Globo, colaborador da Folha de S.Paulo e de publicações na área da educação, como o jornal Mundo. Trabalha, ainda, como produtor associado da produtora Parece Cinema. Entre outros, Rizzo também é autor dos livros Cinema e Educação - 200 Filmes sobre a Escola e a Vida, Cinema e Psicanálise e 100 Melhores Filmes Brasileiros.
Graduado em comunicação social (cinema e vídeo), é mestre em ciências da linguagem, tendo como objeto de pesquisa o cinema de terror contemporâneo. Além da formação acadêmica, também fez cursos de jornalismo cinematográfico e teoria, linguagem e crítica cinematográfica. É um dos autores do livro 100 Melhores Filmes Brasileiros. Trabalhou como redator no site Pipoca Moderna e é colaborador do site Getro.com.br.
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