Jornal da Mostra

20/10/2024

48ª Mostra realiza debate sobre Geraldo Sarno e “Auto de Vitória” na quarta (23), na Cinemateca

Juri da 47ª Mostra
Juri da 47ª Mostra

Geraldo Sarno é uma figura incontornável do cinema brasileiro. Nascido no sertão da Bahia, ele estudou em Cuba e construiu uma filmografia provocadora e marcada por uma reflexão sobre o próprio fazer cinematográfico.

Seu curta-metragem “Auto de Vitória”, de 1966, era um filme considerado perdido. Recentemente descoberto, ele teve sua cópia restaurada pela equipe da Cinemateca Brasileira. E é lá que o filme será projetado, na quarta (23), às 20h.

Uma hora antes, às 19h, o público que assistirá ao filme também pode participar do debate “O cinema de Geraldo Sarno e o sertão dentro da gente”. Na mesa de conversa, estarão o jornalista e documentarista Piero Sbragia, a pesquisadora Paula Sarno, o diretor da Ancine Paulo Alcoforado, a cineasta Ana Carolina e o músico Tom Zé.

Geraldo Sarno nasceu em Poções, Bahia, em 1938. Após os primeiros filmes, “Viramundo” (1965) e “Auto de Vitória” (1966), planejou uma enciclopédia audiovisual da cultura popular do sertão nordestino para o Instituto de Estudos Brasileiros da USP, da qual se destaca “Viva Cariri” (1969). Dirigiu, entre outros, o documentário “Iaô” (1977, 2ª Mostra) e “Coronel Delmiro Gouveia” (1977). A partir dos anos 1990, deu aulas de cinema e realizou a série de programas “A Linguagem do Cinema” (2000-2003). Escreveu o livro “Glauber Rocha e o Cinema Latino-Americano” (1994). Dirigiu ainda “Tudo Isto me Parece um Sonho” (2008), “O Último Romance de Balzac” (2010, 34ª Mostra) e “Sertânia” (2019). Geraldo Sarno morreu no Rio de Janeiro em 2022.

 

Debate “O cinema de Geraldo Sarno e o sertão dentro da gente” e sessão especial de “Auto de Vitória”

23 de outubro, a partir das 19h.

Cinemateca Brasileira - Sala Oscarito. Largo Sen. Raul Cardoso, 207 - Vila Clementino.