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Segunda-feira. Começa uma nova semana e Vincent já se desespera com a perspectiva de cair novamente na mesma monótona rotina. Não é fácil ag√ºentar uma hora e meia de trânsito para chegar a uma aborrecida fábrica! De volta ao lar, o tédio não diminui. As obrigações familiares se colocam sempre à frente de sua paixão pela pintura. Vincent não vai suportar uma nova manhã de segunda-feira. Ele está cansado da fábrica, da mulher, das crianças e de todas as concessões e contradições que a vida tem lhe obrigado a aceitar. Também não suporta mais ver a vida se repetir no vilarejo onde vive: o carteiro lendo todas as correspondências, o fazendeiro instalando um novo sistema de alarme, o padre de olho nos passos das mulheres. Um dia Vincent decide deixar a cidade e vai para Veneza. Quem sabe a cidade não lhe oferece tudo o que faltou até então?