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Imigrantes menores de idade que chegam à Holanda, sem seus pais, e pedem asilo político são colocados em uma KWE, sigla holandesa para as pequenas unidades habitacionais onde moram e esperam até que atinjam a idade de 18 anos. Kim Landstra faz um documentário franco, em registro intimista, sobre as experiências e memórias de três jovens africanos refugiados que lutam pela sobrevivência e a felicidade: Bernard, Toni e Pedro. O primeiro veio do Congo, morou precariamente por três meses até que, ainda com a memória repleta de imagens da guerra civil em seu país, foi transferido para uma KWE na localidade de Middelburg. Ali divide um pequeno apartamento com outros dois jovens africanos. Já Toni é um ex-combatente mirim do Sudão, que abandonou o exército e passou 22 dias clandestino no porão de um navio e desembarcou na Holanda por acaso. Agora Toni briga para ter o direito de permanecer no país europeu. O terceiro imigrante, outro sudanês, de nome Pedro, tem problemas com o Ministério da Justiça, que não acredita que ele tenha vindo do sul do Sudão e rejeita seu pedido de residência. Ao ser chamado para mais esclarecimentos, é obrigado a provar que não está mentindo. O rapaz aprende holandês, cozinha todo dia o "fou-fou" africano e faz amigos. Entretanto, Pedro acha a vida muito difícil longe de seus pais e em um lugar estranho. Ele tem pesadelos freqüentes, além de dores de cabeça. É constantemente assombrado pela insegurança sobre seu futuro, se vai poder ficar na Holanda ou se, um dia, será mandado de volta para o Sudão.