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Em abril de 2001, Alia Arasoughly percorria quase que diariamente as estradas entre Ramallah e Jerusalém, atravessando um verdadeiro campo minado, sujeita a ser vítima de uma bala perdida, de uma bomba de gás lacrimogêneo ou mesmo de uma prosaica pedra atirada por um garoto palestino. Ela e seus quatro companheiros de equipe sabiam que a qualquer momento poderiam ser feridos ou mortos. Foram meses de medo, terror e stress absoluto. Todo esse esforço tinha um objetivo: realizar um documentário sobre o cotidiano de oito mulheres palestinas de diferentes classes sociais nos territórios ocupados por Israel. O filme foi produzido em condições precárias e de alto risco para a segurança de toda a equipe. Sem carros blindados, coletes à prova de bala, seguros de vida ou qualquer tipo de segurança, realizaram um impactante retrato das trágicas condições de vida e de sobrevivência dessas vítimas da guerra.