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Proclamado como o primeiro filme do movimento Dogma produzido na Ásia, este filme, a exemplo de alguns de seus antecessores nórdicos, consegue se equilibrar no tênue limite que separa o documentário da ficção. Entrevista, rodado na Coréia, é uma história de amor que se alimenta de imagens e cuja ação se desenrola através de uma câmera. Na verdade, a câmera digital de 6 mm usada pelo “herói” Eun-Sok é a protagonista do longa (que por sua vez é filmado em 35 mm). É ela que vai funcionar como o único link possível entre Eun-Sok e seu “par romântico” Lee Young-Hee, uma das dezenas de garotas que ele entrevista e por quem acaba se apaixonando. As jovens meninas, uma após a outra, posicionam-se diante de sua lente para falar livremente sobre o amor. Onipresente, a máquina de gravar imagens tem a capacidade de revelar os segredos mais profundos, aproximando Eun-Sok de Young-Hee e das demais entrevistadas.